DCJ



Comissão Nacional de Diálogo Religioso Católico-Judaico – DCJ

Diretrizes

A Comissão Nacional de Diálogo Religioso Católico-Judaico (DCJ) é uma comissão mista e permanente criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no dia 27 de fevereiro de 1981, para articular em nível nacional o diálogo religioso entre católicos e judeus do Brasil.

Integra a Comissão pessoas pertencentes a comunidades católicas e judaicas, interligando-as a partir de seus objetivos a serem alcançados em 4 níveis: institucional, teológico, de ação conjunta e de contato pessoal.

I – Diálogo Institucional

Diálogo oficial da Comissão como instituição organizada.

Para efetivá-lo, deverá a Comissão:

1. Coordenar seus trabalhos com um núcleo central e com núcleos regionais.
2. Manter-se em contato com:
   a) A Comissão internacional de Ligação entre a Igreja Católica e o Judaísmo Mundial.
   b) A Pontifícia Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo.
   c) O Internacional Jewish Committee on Intereligious Consultations.
   d) O Departamento de Ecumenismo e Diálogo Religioso do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM).
   e) A Confederação Israelita do Brasil (CONIB).
   f) A Comissão Episcopal de Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso da CNBB.
3. Intercambiar dados e informes com as congêneres comissões nacionais de outros países.
4. Conjugar esforços com os Conselhos de Fraternidade Cristão-Judaica.
5. Apoiar iniciativas de outros grupos ecumênicos, inter-religiosos e inter-culturais que favoreçam o desenvolvimento do diálogo.
6. Estimular as lideranças religiosas católicas e judaicas do país para que:
   a) incentivem o diálogo religioso em suas respectivas comunidades;
   b) rejeitem todas as iniciativas contrárias à prática do diálogo;
   c) prestigiem, com sua presença, as realizações da Comissão.

II – Diálogo Teológico

Diálogo temático destinado a alicerçar em sólidos fundamentos teológicos os motivos e as justificativas do relacionamento entre a Igreja Católica e o Judaísmo. Visa aprofundar o conhecimento do patrimônio religioso comum a judeus e católicos.

Para viabilizá-lo, a Comissão buscará:

1. Promover estudos sobre temas teológicos nas reuniões de grupo e nas assembleias gerais.
2. Recorrer a especialistas judeus e católicos para assessorarem a reflexão teológica.
3. Divulgar subsídios de reflexão teológica sobre o diálogo católico-judaico.
4. Sugerir, aos responsáveis pela formação do clero brasileiro, temática ou planos de aulas sobre o Judaísmo e as suas relações com o Cristianismo.
5. Propor, aos responsáveis pelo ensino religioso, a temática do diálogo na educação da fé.
6. Alertar os responsáveis para a necessidade de deixar vazar, em termos de diálogo, os comentários dos folhetos litúrgicos em uso na Igreja Católica.
7. Ensejar o intercâmbio de especialistas judeus em comunidades católicas e especialistas católicos em comunidades judaicas para esclarecimento sobre o diálogo religioso.

III – Diálogo de Ação Conjunta

Diálogo prático que se processa mediante a implementação de projetos de ação conjunta de católicos e judeus para o incremento do diálogo. Para concretizá-lo, a Comissão procurará:

1. Reunir-se periodicamente.
2. Realizar assembleias gerais com a participação de todos os integrantes regionais.
3. Sensibilizar a opinião pública através dos meios de comunicação acerca dos motivos e das vantagens do diálogo religioso.
4. Posicionar-se diante de casos de atentado grave ao princípio que norteiam o diálogo religioso.
5. Participar, ao lado de pessoas de credos e culturas diferentes, de promoções em que a causa do diálogo esteja em jogo, bem como estimular ações concretas, principalmente no campo social, promovidas por grupos inter-religiosos.
6. Conferir o Prêmio Patriarca Abraão a personalidades ou entidades de destaque no diálogo religioso.
7. Celebrar o Dia Nacional do Diálogo (28 de outubro).

IV – Diálogo de Contato Pessoal

Diálogo inter-pessoal dos membros da Comissão entre si com os outros de fora do grupo. Para realizá-lo, a Comissão tratará de:

1. Inter-relacionar católicos e judeus numa convivência fraterna acima de quaisquer preconceitos históricos.
2. Preservar o sentido de alteridade entre os seus membros no respeito e acatamento às idéias e opiniões divergentes, em clima de leal reciprocidade.
3. Criar e nutrir laços de solidariedade entre todos os seus membros.
4. Entrosar-se com os Conselhos de Fraternidade Cristão-Judaica.
5. Acolher nos encontros a presença de jovens.
6. Convidar líderes religiosos católicos e judaicos para assumirem a presidência honorária ou efetiva dos trabalhos.
7. Mostrar-se igualmente aberta e receptiva a outros grupos ecumênicos, inter-religiosos e inter-culturais.

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