Vaticano e Isesco na Argentina para o futuro do diálogo islâmico-cristão Buenos Aires recebe autoridades muçulmanas e católicas para a “Conferência Internacional sobre a promoção de uma cultura de respeito mútuo e de solidariedade humana entre os religiosos”



CABA, 23 de Setembro de 2015 (ZENIT.org)

 

Entre 18 e 19 de novembro realizou-se um encontro ecumênico em Buenos Aires promovido pelo Vaticano e pela Isesco (Islamic Educational, Scientific and Cultural Organization), uma das instituições de maior prestígio no mundo islâmico, em presença de autoridades do governo argentino.

 

O imã Yahya Pallavicini, da Isesco para o Ocidente, coordenou algumas sessões em conjunto com uma delegação da Santa Sé representada pelo cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, e por seu diretor, Miguel Angel Ayuso.

 

Entre os principais oradores, participaram também Abdulaziz Othman Altwaijri, diretor geral da organização, Omar Abboud, presidente do Instituto para o Diálogo Inter-Religioso (e amigo do papa) e Muhammad Yusuf Hallar, secretário geral da Organização Islâmica da América Latina e do Caribe, além de representantes das comunidades muçulmanas argentinas.

 

Altwaijri e Tauran expressaram “a sua determinação de promover ativamente o diálogo entre a Isesco e o Vaticano a fim de promover a paz mundial, proteger a dignidade humana e apoiar a cooperação entre o mundo cristão e o islâmico”. Entre os temas, “Cultura religiosa e valores humanos compartilhados”, “A promoção do diálogo entre os fiéis das religiões para aumentar a solidariedade humana”, “Estereótipos distorcidos das religiões e propostas para corrigi-los”, “O papel das instituições religiosas na promoção do respeito mútuo entre os fiéis”.

 

Também foram abordadas questões como a família, a educação e o necessário reconhecimento das raízes culturais e religiosas da humanidade, para dissipar as tendências a marginalizar o papel das religiões.

 

Yahya Pallavicini declarou: “Em algumas regiões do mundo, testemunhamos a manipulação da identidade confessional como suposta justificativa para a violência fratricida. Enquanto isso, multiplicam-se iniciativas que, desde o encontro histórico de 1986, em Assis, promovido por São João Paulo II, reúnem autoridades religiosas autênticas, teólogos iluminados, intelectuais honestos, simples fiéis e cidadãos ativamente envolvidos na coesão social, no respeito mútuo, no diálogo inter-religioso e na solidariedade. A voz e as obras piedosas desses homens e mulheres não parecem tão relevantes diante das imagens dramáticas de criminosos e vítimas, mas são, na realidade, o antídoto para a barbárie da violência e representam a esperança concreta de uma perspectiva saudável e santa da vida do homem sobre a terra”.

 

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