“O tempo presente é de diálogo e de construção de pontes”: foi o que disse o Papa, recebendo na manhã desta segunda-feira, no Vaticano, os representantes de outras denominações cristãs e de outras religiões. As delegações participaram no domingo da missa de início de pontificado de Leão XIV. Diante de Sua Santidade Bartolomeu, Sua Beatitude Teófilo III e Sua Santidade Mar Awa III e representantes judeus, muçulmanos, budistas, xintoístas e outras crenças, o Santo Padre manifestou sua intenção de prosseguir no diálogo ecumênico e inter-religioso, a exemplo de Francisco e de seus predecessores. “Hoje é tempo de dialogar e de construir pontes. Portanto, estou feliz e grato pela presença dos representantes de outras tradições religiosas, que compartilham a busca de Deus e da sua vontade, que é sempre e somente vontade de amor e de vida para os homens e as mulheres e para todas as criaturas.” Leão XIV fez uma saudação especial “aos nossos irmãos e irmãs judeus: “O diálogo teológico entre cristãos e judeus, que é sempre importante, eu o tomo a peito. Mesmo nestes tempos difíceis, marcados por conflitos e incompreensões, é necessário prosseguir com coragem este nosso precioso diálogo”. Falando das relações entre a Igreja Católica e os muçulmanos, disse que as mesmas têm sido marcadas por um crescente empenho no diálogo e na fraternidade. “Esta abordagem, baseada no respeito mútuo e na liberdade de consciência, é uma base sólida para construir pontes entre as nossas comunidades.” Enfim, fez uma saudação a todos os representantes de outras tradições religiosas, recordando a sua contribuição à paz. “Num mundo ferido pela violência e pelo conflito, cada uma das comunidades aqui representadas traz o seu próprio contributo de sabedoria, compaixão e empenho para o bem da humanidade e para a preservação da casa comum.” “Estou convencido de que, se estivermos unidos e livres de condicionamentos ideológicos e políticos, poderemos ser eficazes em dizer ‘não’ à guerra e ‘sim’ à paz, ‘não’ à corrida armamentista e ‘sim’ ao desarmamento, ‘não’ a uma economia que empobrece os pobres e a Terra e ‘sim’ ao desenvolvimento integral.” Fonte: Vatican News
